APL

Metalcentro: para ajusta o compasso entre pequenas e grandes indústrias

Juliana Gelatti

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Na Região Central, cerca de 30 empresas do setor metalmecânico estão articuladas no Arranjo Produtivo Local (APL) Metalcentro. Porém, o grupo tem um grande potencial de crescimento, pois estima-se que existam mais de 300 serralherias de pequeno porte que ainda não participam do APL. Segundo o gestor executivo do APL Metalcentro, Alessander Pavanello, são as empresas de pequeno e médio porte que mais têm a se beneficiar com a integração de esforços:

– Trabalhar a gestão dos negócios é uma demanda bastante urgente para muitos serralheiros. Muitos deles fazem um bom trabalho, mas têm pouco controle sobre os custos. Por exemplo: faz um portão que custa R$ 400 em energia, matéria-prima e tempo de trabalho, mas acaba vendendo por R$ 300 por não ter essa noção.

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Programas de capacitação empresarial para aprimorar a gestão ou para garantir a qualidade dos produtos e serviços não são novidade. O Sebrae oferece, inclusive, um projeto destinado aos serralheiros. Porém, a função do APL é integrar os diferentes esforços para o desenvolvimento do setor, congregando o poder público e as instituições de ensino.

José Augusto Lehnhard, 46 anos, trabalha na própria serralheria há 20 anos. Com grande conhecimento na produção, deixou o gerenciamento do seu negócio de lado até 2012, quando começou a participar do Projeto Serralheiros, do Sebrae. Ele procurou o serviço no momento em que sentiu a necessidade de investir na gestão da sua empresa, a Serralheria Lehnhard, no bairro Boi Morto. Em dois anos, fez cursos de gestão organizacional, gestão financeira e já tem um agendado na área de gestão de pessoas. Entrou para o APL no segundo semestre de 2013 e, pela experiência com o Sebrae, não teve resistência em participar das ações. Agora, é um dos incentivadores:

– É tudo bem interessante para a gente, pela troca de experiências com outros empresários. Em vez de sermos concorrentes, tornamo-nos parceiros – afirma Lehnhard.

Conforme Lehnhard, antes, ele não fazia certas atividades por achar que não seriam lucrativas, quando, na verdade, só precisava de organização. Para este ano, com o APL, a serralheria tem marcado visitas de estudantes universitários, interessados em conhecer a pequena indústria. O segundo passo será fazer sugestões de mudanças positivas para a empresa. Outro benefício do projeto é a participação em feiras. Com o apoio do APL, Lehnhard foi a uma exposição de empresas do ramo em Caxias do Sul.

Pavanello conta que a reação otimista de Lehnhard é comum depois que os empresários quebram a resistência em aceitar que outras pessoas opinem sobre o seu negócio.

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